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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O desenvolvimento é uma aspiração da juventude

O Brasil vive um momento singular também para a sua juventude. O momento é marcado pelo bônus demográfico, quando temos a maior População Economicamente Ativa (e a mais jovem) de nossa História. São cerca de 52 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, mais de 50% da PEA. Isso torna incontornável ao desafio do desenvolvimento abrir à juventude um horizonte de direitos, considerá-la protagonista desse momento.

O movimento sindical classista busca qualificar e disputar o modelo do desenvolvimento, através da valorização do trabalho, o que pode integrar a nova geração em uma trajetória de direitos e oportunidades, numa curva de elevação de salários, de formação profissional, de fortalecimento do mercado interno, de incorporação de valor e tecnologia à produção, com a afirmação do Brasil, uma integração de novo tipo na América Latina e o crescimento das relações Sul-Sul.

Esse desafio é imenso. A oportunidade do bônus demográfico é transitória. Doravante, nosso crescimento vegetativo levará ao envelhecimento da população, que trará em si a qualidade de vida que pôde construir nesses anos que vivemos. Os piores indicadores sociais afligem a juventude atual, que sofre ainda os prejuízos de mais de 20 anos de crise e recessão, agravados pelo neoliberalismo. Esse déficit social não foi equacionado, e mesmo com os avanços, muito houve de lentidão e de concessões feitas pelo projeto mudancista iniciado por Lula. Elas tiveram seu impacto na inclusão juvenil, porque o ritmo do crescimento econômico e da produção, os empregos, os direitos, tudo é condicionado à correlação de forças dessa época de hegemonia do capital financeiro, aprofundada pelo neoliberalismo, que ainda não foi vencido.

A juventude e o Brasil não podem mais esperar

Deixar a juventude envelhecer desempregada, nas prisões, sem saúde, sem cultura, sem escola, que é o que o neoliberalismo nos impõe, é sobretudo uma decisão política, que nos legaria um futuro de privações, tristezas e submissão. Só uma política estratégica, com recursos, pode enfrentar o desafio da juventude e do desenvolvimento. Duas coisas interessam à juventude: ter prioridade para o desenvolvimento nacional, o que torna inescapável a necessidade de derrotar o capital financeiro que parasita a Nação, cobrando preço altíssimo exatamente à juventude.

Há quase uma década da primeira eleição de Lula, quais as políticas públicas que de fato mudaram a vida dos jovens brasileiros? Destacam-se as que lhes apontam o caminho da escola e do trabalho qualificado e com direitos, abrindo caminho à emancipação, que se efetiva com a incorporação a uma vida adulta plena. As iniciativas mais consistentes são políticas como a reserva de vagas, as cotas, o Bolsa Família (graças à obrigatoriedade de frequência escolar), o PROUNI, o REUNI e o PROJOVEM – com seu êxito a depender da incorporação dos jovens em situação de vulnerabilidade à escola e ao trabalho. E daí advém as expectativas positivas a respeito do PRONATEC, que propõe educação profissional para 8 milhões de brasileiros(as).

Os rentistas atrasam o Brasil

Os limites de tais políticas foram claramente influenciados pela capacidade de investimento do Estado Brasileiro, submetido ao constrangimento do rentismo, que impõe uma política monetária que onera a produção e o consumo. Em 2010, ela nos custou a bagatela de 44,93% do Orçamento da União, conforme ilustrou a revista Le Monde Diplomatique Brasil, em junho, que nos traz o interessante gráfico a seguir. Importante recordar que Tiradentes lutava contra o quinto que pagávamos a Portugal, que era 20% do ouro, e por isso foi esquartejado, teve seu corpo exposto à fome dos urubus, teve sua casa demolida e salgada, para que nada nascesse em seu solo. Ainda hoje é assim, vejam só!


Esses 635 bilhões de reais foram para os rentistas, os banqueiros, o capital financeiro, sangrando a produção, a educação, a saúde, os trabalhadores e o povo. O que se fez, e muito se fez, foi apesar disso, e não graças ao suposto rigor fiscal, como apregoa a imprensa golpista, o capital financeiro e seus sócios. Por isso é tão importante defender as mudanças na política econômica, enfim iniciadas após as manifestações de estudantes e trabalhadores do campo e da cidade realizadas em agosto, em especial as sucessivas reduções da taxa SELIC - que remunera os títulos da dívida pública, encarece o crédito e a produção. É preciso tornar sem retorno tais mudanças, conformando um novo pacto nacional que valorize a produção, o trabalho, o investimento produtivo e a mudança da face do país, no contexto do Pré-Sal, dos grandes eventos esportivos e da retomada do crescimento econômico, e apesar da crise. Em um contexto desses os jovens serão a mola, e não o calcanhar de Aquiles do desenvolvimento.



Por Paulo Vinícius, sociólogo e bancário, Secretário Nacional de Juventude Trabalhadora da CTB

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Movimento "Tenho Algo a Dizer" lança Rafael Beck para a presidência da UENH

O 18º Congresso da União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH) acontecerá nesta quarta (30) e contará com a presença de centenas de estudantes de escolas da educação básica e profissional. Neste sentido, o movimento Tenho Algo a Dizer, em reunião nesta terça feira, decidiu por lançar o nome do estudante do curso técnico Tradutor e Interprete do Colégio Estadual 25 de Julho, Rafael Beck, 18 anos, candidato a presidente da entidade.

Entre os desafios de Rafael, caso eleito, estarão os debates referentes a proposta de reforma da educação do governo do estado e a luta pela criação de uma política de transporte estudantil na cidade. No último ano, em que a UENH foi presidida pela estudante do 2° ano, Laura Sicheski (a 6ª mulher em 10 anos), a entidade fortaleceu-se como referência no Rio Grande do Sul e esteve a frente de grandes conquistas, como a criação do Conselho Municipal de Juventude.

Nos planos da nova gestão deverá constar as comemorações dos 64 anos da UENH.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

39° Congresso da UBES: São Paulo receberá 5 mil jovens de todo o país


Movimento estudantil secundarista do Brasil se reúne entre os dias 1 e 4 de dezembro no Expo Center Norte; alunos representantes de escolas e grêmios debaterão o tema “Todos juntos por uma educação do tamanho do Brasil”

Quinze, dezesseis, dezessete anos de idade, nunca é cedo demais para começar a questionar os problemas do país ou do mundo, pintar as caras ou participar de uma campanha na internet, montar um grêmio, debater, ouvir e ser ouvido. Para isso, cerca de cinco mil jovens, estudantes de escolas de todos os estados do país, reúnem-se em São Paulo entre os dias 1 e 4 de dezembro (quinta a domingo) no 39º Congresso da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).

Com o tema “Todos por uma educação do tamanho do Brasil”, o congresso acontece no Expo Center Norte e, além desse assunto, terá discussões sobre drogas, saúde dos jovens,desenvolvimento do país, mobilidade e transporte para os estudantes, meia-entrada em eventos culturais e também na Copa do Mundo de 2014. Os estudantes também irão eleger o novo presidente da UBES e decidir os rumos da atuação da entidade para os próximos anos.
Segundo o atual presidente, Yann Evanovick, o encontro acontece “em um momento decisivo para maiores mudanças na educação brasileira”. Atualmente a UBES, em parceria com a UNE, realiza a campanha #educação10, por mais verbas investidas no ensino público do país.

Entre os convidados que irão debater com os estudantes estão Malvina Tuttman, um dos principais nomes do ministério da Educação e presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais); o religioso e líder do movimento negro Frei Davi e Fernando Grostein, diretor do filme “Quebrando Tabu”, documentário que aborda a problemática das drogas e tornou-se famoso pela participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.


Podem participar do encontro estudantes dos ensinos fundamental, médio, profissionalizante ou pré-vestibular. É necessário se inscrever realizando o pagamento antecipado (informações para depósito abaixo), ou no primeiro dia do congresso. Caso o pagamento seja efetuado anteriormente, é necessário guardar um comprovante ou recibo de pagamento. O credenciamento custa R$ 50 (para delegados) e R$ 70 (para observadores) e o valor inclui alojamento, alimentação e transporte do alojamento para o Expo Center Norte.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PÓS-GRADUANDOS.

BANCO: Banco do Brasil

AGÊNCIA: 4328-1

CONTA CORRENTE: 7337-7

O processo eleitoral do 39º Congresso da UBES começou há cerca de dois meses, e 4,5 milhões de estudantes de todo o Brasil participaram de votações em 5 mil escolas. Todos os delegados nomeados dentro das escolas, quase 12 mil no Brasil todo, participaram das etapas estaduais, quando elegeram os representantes para o Congresso nacional, que será em São Paulo. Entre os estados que mais elegeram delegados para participar das etapas estaduais, estão São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, com 1995, 1261 e 1035 delegados eleitos, respectivamente.

ESTUDANTES FARÃO GRANDE PASSEATA A PARTIR DO MASP

No segundo dia de congresso, dois de dezembro, os estudantes prometem tomar uma das principais avenidas da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, para a realização de uma grande marcha reivindicando 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação. O ponto de encontro da passeata será o vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo, às 14 horas.

Essa reivindicação é a principal bandeira de luta do movimento estudantil nacional. (Participe do abaixo-assinado por 10% do PIB para educação clicando aqui). No último dia 31 de agosto, cerca de 12 mil estudantes marcharam nas ruas de Brasília, em uma passeata histórica por maiores investimentos na educação.

A abertura do congresso, no dia primeiro de dezembro, terá o tema “30 anos de reconstrução da UBES – E ainda tem gente que diz que isso é coisa de criança”. A entidade foi perseguida e extinta pela ditadura mililtar, voltando a se organizar em 1981. Haverá também homenagens a importantes personalidades da vida nacional que começaram sua trajetória dentro da UBES. Entre os ex-militantes do movimento secundarista no Brasil estão desde a presidenta Dilma Rousseff ao ex-ministro da cultura Juca Ferreira.
(Confira matéria sobre a reconstrução da UBES aqui)

39 º Congresso da UBES
Local: em São Paulo, no Expo Center Norte< Informações no email: ubesecundarista@gmail.com


Está chegando o 39° congresso da UBES. Saiba o que levar na mochila:
Preparamos uma lista com objetos importantes que não podem faltar na sua bagagem.
- Barraca
- Colchonete e travesseiro
- Kit de primeiros socorros (com remédios que você utiliza normalmente)
- Capa de chuva
- Cantil ou squeeze para água
- Sacos e sacolas plásticas (para lixo e para guardar roupas e calçados sujos)
- Fósforos e um isqueiro
- Filtro solar
- Cadeados pequenos (para a barraca e a mochila)
- Caneca de plástico
- Shampoo
- Condicionador
- Sabonete e esponja
- Pasta de dente
- Escova de dente
- Fio dental
- Pente ou escova de cabelo
- Toalha de banho
- Toalhinha pequena
- Papel higiênico
- Absorventes
- Elásticos de cabelo
- Um pouco de sabão em pó ou um pedaço de sabão em barra
- Leve roupas apropriadas para o inverno.
- Saco de dormir
- Isolante térmico, um pedaço de plástico de bolinhas ou folhas de jornal para impedir que a umidade que vem do solo atinja a sua "cama" e penetre pelas costas
- Máquina fotográfica
- Caderninho de anotações e caneta
- Repelente de insetos
- Óculos de sol
- Livro
- Baralho (para o bom e velho truco)

domingo, 27 de novembro de 2011

Chapa de oposição "Muda DCE" eleita na Feevale

A chapa composta por mais de 60 estudantes de todos os cursos da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, e capitaneada por membros da UJS foi eleita ao final desta sexta-feira (25) para o biênio 2012/2013 do Diretório Central dos Estudantes, quebrando um ciclo de seis anos em que a entidade foi dirigida por acadêmicos ligados ao PSOL.


As conquistas do movimento "Muda DCE" começaram antes mesmo da abertura do processo eleitoral com o direito a voto e participação em chapas de estudantes bolsistas do ProUni. "A não participação de prounistas é uma segregação absurda, pressionamos a atual direção do DCE e conquistamos esse direito no Regimento Interno da eleição. O próximo passo é acrescentar ao Estatuto", afirma Tiago Morbach, bolsista do ProUni e presidente eleito do DCE. Tiago é diretor de comunicação da UJS do Rio Grande do Sul e destaca também que na primeira eleição com a livre participação de todos os estudantes, os acadêmicos optaram por eleger um bolsista do ProUni.

A chapa desafiou-se a pautar o crescimento da instituição e como ele pode ser revertido em qualidade de ensino, pesquisa e extensão, além disso, pautou a criação de uma política de assistência estudantil para a Feevale, que é filantrópica. Pautaram também a necessidade de transformar o DCE em uma entidade real de representação e que seja transparente.

Entre os principais desafios estão a reestruturação da entidade e a aproximação com Diretórios Acadêmicos, além de integrar-se às agendas da União Estadual dos Estudantes (UEE RS/Livre) e UNE.

sábado, 26 de novembro de 2011

Manuela Braga: indicada do movimento "Tenho Algo a Dizer" para a presidência da UBES


Pernambucana, 19 anos, estudante de saneamento ambiental do Instituto Federal de Pernambuco, foi vice-presidente do grêmio do CEFET, presidente do Grêmio do IFPE e presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco, atualmente, primeira Diretora de Escolas Técnicas da UBES. Saiba como o que “Manu”, mulher de grandes lutas, pensa.

Qual o papel da UBES em um cenário de grandes mobilizações mundiais?

Ao longo de nossa historia os principais momentos de avanço do país foram protagonizados pela juventude, em especial pelo movimento estudantil através da UBES. Hoje estamos diante de um debate atualizado, como por exemplo: um plano de educação avançado. Temos que lutar para não diminuir nossos direitos já conquistados e continuar garantindo a organização dos estudantes dentro das escolas. A UBES tem um papel fundamental nessa questão e vislumbramos nos próximos 2 anos continuarmos com esse protagonismo no cenário nacional de conquistas para educação.

Qual o grande desafio da UBES pela mobilização das principais bandeiras estudantis?

Temos um Brasil que cresce a uma enorme taxa de desenvolvimento e não tem como não acompanharmos a luta por educação fora desse patamar de crescimento. A cana de açúcar e clico da borracha foram riquezas passadas pelo Brasil e que não culminou em desenvolvimento. Precisamos massificar cada vez mais a luta pelos investimentos na educação chegando a cada sala de aula de cada escola nesse Brasil. O Pré-sal tem que ser uma riqueza que tem que ficar para o povo brasileiro em cultura, educação, esporte.

Diante de tantas bandeiras de peso, como será assumir um protagonismo na campanha eleitoral do ano que vem?

A UBES tem a responsabilidade de incentivar o jovens de 16 ao voto, além de promover debates e pautas de reivindicações discutida no país inteiro com secundarista sobre o que a entidade espera das eleições. É importante termos o Brasil cada vez mais no rumo do desenvolvimento e isso se dá com muito estudante na rua, mas através das mobilizações do ano eleitoral também. Eleger prefeitos e vereadores que estejam compromissados com a luta dos estudantes e com a bandeira da educação que, sem dúvida, é o pilar para o um país cada vez mais justo e soberano é primordial.

E se eleita, qual será a principal característica de sua gestão?

A UBES tem um papel fundamental na luta dos movimentos, isto se dá pela ligação que a entidade tem com os estudantes. Continuar garantindo uma entidade cada vez mais de massa, que passa em cada sala de aula debatendo com os estudantes, sem dúvida será um elemento que será ampliado na próxima gestão. O diálogo com os estudantes, o caráter massivo de fazer passeata, além da jornada de luta, mais manifestações com pautas estaduais e locais será uma grande característica da próxima gestão, caso eleita.

Yann Evanovick traça um parâmetro de sua gestão na UBES


O amazonense de 21 anos que já foi destaque por conduzir 20 mil estudantes pelas ruas de Manaus, entre outras grandes realizações regionais enquanto presidente da UMES-Manaus hoje fala de suas realizações na presidência da UBES e o que deseja para a próxima gestão.

Qual foi a principal marca de sua gestão?

Nós conseguimos nesses dois últimos anos intensificar o caráter de massa da UBES porque não foram poucas as mobilizações que nós fizemos. Marcado especialmente pela jornada nacional de lutas, fizemos quatro jornadas nacional de lutas. Duas no primeiro ano com duas grandes passeatas e duas nesse ano que finda e passeatas com 10, 15 e até 20 mil estudantes e de caráter nacional.

Realizamos pela primeira vez nos 63 anos de historia o primeiro encontro nacional de grêmio, o ENET (encontro nacional de escolas técnicas) em Natal. Conseguindo viabilizar a liberação do recurso para a reconstrução da sede da UNE e da UBES que deve começar nos próximos meses.

Temos três marcas muito forte: a primeira é a capacidade de mobilização. A segunda a capacidade de realização e a terceira a capacidade de influenciar nas grandes decisões através de sua relação institucional.

Como fortalecer cada vez mais as bandeiras da UBES e de todo movimento estudantil para que, de fato, elas se realizem?

Hoje você tem uma UBES mais forte, espaço constituídos, não tenho duvida nenhuma que elas realizem. Agora nenhuma gestão poderá recuar nos encontros de grêmios, na realização de um encontro de mulheres. Pelo contrário tem que avançar no pensar, inovar no ponto de vista de suas realizações. E todo as vezes que a gente consegue promover essas agendas, essas passeatas estamos organizando o movimento estudantil e nisso a gente vai fortalecendo a UBES, ela já é a maior entidade do continente, talvez até do mundo com a sua base de representação e é um grande patrimônio do povo brasileiro.

Quais os desafios para a gestão que virá?

A próxima gestão tem que manter o caráter de ser uma gestão realizadora, mas acho que toda gestão ela tem que cobiçar dirigir grandes mobilizações e é isso que o Brasil espera da UBES, da UNE, espera do Movimento Social. Acredito que a próxima gestão tem desafio de aprofundar sua relação institucional, o desafio de se organizar na sua rede e principalmente o desafio de colocar muito estudante na rua. Sempre é desafiador e eu sei que aqueles e aquelas que irão suceder essa gestão cumprirão esses desafios.


Fonte: www.ujs.org.br

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estudantes gaúchos pedem a retomada das negociações

Centenas de jovens estiveram reunidos neste sábado (19) em Canoas para a realização da Etapa Estadual ao 39º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e 56º Congresso da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES). Entre as resoluções esteve uma carta aprovada por unanimidade que pede a retomada das negociações envolvendo professores, governo e sociedade. Na carta, a entidade se posiciona contra a greve do magistério e convoca para jornada de lutas em defesa do piso salarial dos professores e de uma reforma no ensino médio.


Confira a carta:

Unir o Rio Grande em Defesa da Escola Pública de Qualidade!

Resistimos à destruição da nossa escola, e o projeto que tratava a educação como um gasto e um fardo pesado a ser carregado pela população foi derrotado, o Rio Grande elegeu um governo progressista que tem em seu programa compromissos definidos para alcançar uma educação de qualidade, mas apesar da vitória, o saldo da política de sucateamento foi uma escola pública sem laboratórios de ciências (50,8%), de informática (28%), sem bibliotecas (9,5%), nem quadras de esporte(29%), a quase extinção da EJA e dos serviços de supervisão e orientação escolar e a crônica falta de professores.

A política de destruição da escola pública, que se iniciou em 94 com a eleição de FHC á Presidência da República, governadores tucanos em estados centrais e que no RS teve seu ápice durante o Governo Yeda, se sustenta em três pontos: desvalorização dos professores, congelamento do investimento na estrutura das escolas e diminuição da qualidade do ensino.

Uma das faces mais marcantes e covardes da destruição da escola pública é a desvalorização dos professores, com salários baixos e a precarização das condições de trabalho pela substituição dos professores efetivos por temporários, que não tem direito a férias remuneradas, plano de carreira, incorporação de gratificação nem estabilidade. Tudo isso fragiliza ainda mais a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas, precisamos enfrentar essa situação com concurso público, formação continuada e a criação de condições para que o estado pague o Piso Nacional dos Professores e recupere seus salários a um patamar compatível com suas responsabilidades com o país.

O Governo estadual vem dando sinais importantes da sua disposição de investir na recuperação do ensino, mas eles são ainda insuficientes, cobramos do Governo Estadual uma proposta e um cronograma concreto para cumprimento do piso, porém consideramos que este debate não está encerrado e o caminho adotado pelos professores está equivocado, é preciso combater o sectarismo e a falta de diálogo presentes no processo conduzido por um segmento dos professores e construir uma ampla e massiva jornada de mobilização, agregando estudantes, professores e o conjunto dos movimentos sociais pela valorização da educação e a garantia do piso nacional, uma greve a apenas 25 dias do fim do ano letivo é inoportuna e desconsidera o enorme prejuízo que trará aos 1,2 milhão de estudantes, que se preparavam para os exames finais e agora terão que se preocupar com a difícil recuperação dos conteúdos perdidos, em especial os estudantes do 3º Ano do Ensino Médio, já em dificuldade na disputa do vestibular.

É impossível construir uma educação de qualidade em escolas sem biblioteca, laboratórios, com falta de professores e funcionários. Precisamos voltar a investir na estrutura escolar, não podemos aceitar as escolas de latas, bibliotecas que viraram depósitos, banheiros inutilizáveis e paredes mofadas sejam algo natural, o Rio Grande do Sul deve aumentar exponencialmente os investimentos na estrutura das nossas escolas, pelo orçamento aprovado por Yeda para o ano de 2011, está previsto que o RS irá gastar 18 vezes mais em pagamentos da Dívida com a União do que com investimentos em educação. São necessárias 242 novas bibliotecas, 718 novos laboratórios de informática, 1298 laboratórios de ciências, 752 quadras de esporte, além de prover os existentes com as condições de funcionamento adequadas, equipamentos, e qualificação dos professores para utilizar essas estruturas em toda sua capacidade.

Todos esses problemas são ainda mais agravados por um Ensino Médio em crise de identidade, pauta a muito denunciada pelos estudantes, o EM atual, não prepara para o vestibular, nem para a universidade, nem para o mundo do trabalho, muito menos para o exercício da cidadania, e institucionaliza um quadro em que 84 mil jovens estão fora da escola, e outros milhares ano a ano abandonam os bancos escolares. O debate que a Secretaria Estadual de Educação trás de reforma do Ensino Médio é oportuno, precisamos reconhecer estes problemas e avançar para sua solução, e a nós estudantes caberá na discussão e implantação da reforma, apontar e pressionar para a correção de seus erros, adequando-a as necessidades do povo gaúcho. Porém a criação de vagas de ensino médio integrado ao ensino técnico precisa avançar muito mais, a proposta do governo contempla a expansão das atuais 30 mil vagas em apenas 50%, chegando a 45 mil vagas, para o RS que queremos construir, inserindo o jovem no processo de desenvolvimento são necessárias pelo menos 175 mil vagas, integrando 50% de todo o ensino médio ao ensino técnico, em cursos que representem as necessidades regionais, discutidos com a comunidade escolar, COREDEs, CDES, corrigindo as distorções existentes como, por exemplo, o curso de contabilidade somar quase metade de todas as matrículas da educação profissional.

Uma das principais medidas para liberar recursos para a educação é a rediscussão da divida dos Estados, desde 1998 quando o estado assinou a renegociação da divida com o governo federal parte muito significativa da riqueza do povo gaúcho vem sendo de forma compulsória sugada para os cofres do governo federal. Hoje 13% da receita do estado é comprometida com o pagamento da divida e de juros, isso significa 2,7 bilhões de reais anuais, apesar destes pagamentos a divida em 1998 era de 19 bilhões e hoje é de 37 bilhões, por tanto uma divida que já foi paga. É preciso uma ampla mobilização do Rio Grande do Sul no sentido de renegociar os parâmetros da divida e desta forma liberar recursos para investivementos nas áreas mais necessitadas, como a educação: menos juros, mais educação.



domingo, 20 de novembro de 2011

Movimento "Tenho Algo a Dizer" vence etapa estadual do congresso da UBES


Realizada neste sábado (19) em Canoas, a etapa estadual do Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) em conjunto com o 56° Congresso da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) convocou a jornada de lutas em defesa da educação do Rio Grande do Sul.

Foram centenas de estudantes presentes que reafirmaram o compromisso com a construção do movimento estudantil gaúcho e apresentaram chapa unitária para a condução da UGES.

O movimento Tenho Algo a Dizer consolidou-se como o maior movimento do Rio Grande do Sul e elegeu 90 delegados para a etapa nacional do Congresso da UBES, que acontece de 1° a 4 de dezembro em São Paulo.

UJS é reeleita vice-presidente da FMJD

A 18º Assembléia da Federação Mundial das Juventudes Democráticas – FMJD, realizada entre 8 e 12 novembro de Lisboa, Portugal, discutiu com ênfase o papel das organizações juvenis em resposta à crise do capitalismo.
Divulgação/UJS
UJS participa da Assembleia Geral da FMJD


Foram debatidas a intensidade da crise em cada região e país e quais são os desafios das juventudes. "A crise aguça as contradições do neoliberalismo e acelera as mudanças no mundo. Na América Latina, a reafirmação das economias nacionais e a integração regional podem nos proteger dos efeitos da crise, a partir de uma alternativa mais independente." Afirmou o presidente da UJS, AndréTokarski.

Além de Tokarski, também representaram a entidade, a deputada federal pelo PCdoB gaúcho, Manuela D’Avila e a diretora de Solidariedade Internacional, Ticiana Alvares. Manuela apresentou às 85 organizações internacionais a realidade brasileira e aquelas que consideram que deveriam ser as prioridades da Federação para os próximos anos. “A Federação deve ser peça ativa para garantir os avanços no Brasil, na América Latina e no mundo. Onde houver bandeira pela paz, pela democracia e por transformações sociais, aí têm que estar nossas organizações.” Terminou propondo que a Federação convoque, juntamente com outras entidades internacionais como a OCLAE, uma grande jornada mundial de lutas por medidas que ajudem a romper com o modelo em crise, contra a guerra e pela paz, e por mais direitos para a juventude.

O novo presidente da FMJD, Dimitris, da EDON (Chipre), destacou o desafio de dirigir a entidade num momento de crise e a combatividade da juventude. A secretaria-geral continuará sob responsabilidade da UJC de Cuba. Hanoi substituirá Jesus Mora (Pepito) em Budapeste. A OJM, de Moçambique e a UJDL, do Líbano, comporão também a comissão executiva da FMJD.

A Assembleia Geral também elegeu as organizações que conduzirão os trabalhos regional. A UJS foi reeleita vice-presidente para a América Latina, e coordenará os trabalhos juntamente com a UJC (União da Juventude Comunista) de Cuba e a Juventude Comunista da Colombia (JUCO). Além dessas, foram eleitas para o Conselho Geral na América Latina: FEDE (Argentina), JJCC (Chile), JCV (Venezuela) e JPS (Jovens Pelo Socialismo do México). Todos destacaram o papel destacado da América Latina para impusionar uma saída à esquerda dessa crise. “Na Europa, lutam contra a retirada de direitos. No Oriente Médio, lutam por democracia e autodeterminação. Na América Latina, lutamos pelo aprofundamento das mudanças e pela verdadeira independência.”, lembrou Ticiana, referindo-se ao papel que temos neste mundo em transição.

Um lindo comício da Juventude Comunista Portuguesa encerrou os longos 5 dias de trabalhos e reafirmou o compromisso da FMJD de unir e mobilizar as juventudes para derrotar o imperialismo e constituir um mundo de paz, solidariedade e transformações revolucionárias.

Conferência Estadual de Juventude define prioridades


Encerrada no dia 6/11, a 2ª Conferência Estadual de Juventude reuniu centenas de jovens de todo o estado e aprovou as prioridades para a política pública no Rio Grande do Sul. A UJS marcou grande presença, sendo a maior bancada presente e elegeu 20 delegados à Conferência Nacional, que acontece de 9 a 12 de dezembro

Ao final, o resultado da votação foi o seguinte: 1° – Juventude e educação, com 217 votos; 2° – Juventude Rural,com 157 votos; 3° – Juventude e Esporte e Lazer, com 117 votos; 4° – Juventude e Cultura, com 94 votos; 5° – Juventude e Trabalho, com 73 votos; 6° -Juventude e Saúde, com 59 votos; 7° – Juventude e Cidade, com 51 votos; e 8° -Jovens mulheres, com 43 votos. As duas prioridades relativas a cada um desses temas estão disponíveis para download abaixo. Além desses, foram discutidos tópicos em comunicação, meio ambiente, transporte público, participação e fortalecimento institucional, valorização da diversidade e direitos humanos, drogas, comunidades tradicionais, segurança pública e tempo livre.

Dentre as demandas aprovadas pelos delegados, estão a necessidade de criar uma política que viabilize a permanência dos jovens na escola, o fortalecimento da UERGS, uma forte política para os jovens rurais e a criação da Secretaria Estadual de Juventude com a vinculação de 2% do orçamento estadual para políticas de esporte e lazer para os jovens.


Com informações de juventuders.wordpress.com

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Imperatriz Dona Leopoldina homenageia UNE no carnaval 2012

Escola canta os 75 anos de história da entidade dos estudantes para tentar bi-campeonato

Com a canção “75 anos com a cara pintada de Brasil, a UNE somos nós, nosso samba, nossa voz” a escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, se prepara para o carnaval 2012 convocando o movimento estudantil para uma grande mobilização, dessa vez nas ruas Complexo Cultural do Porto Seco, sambódromo da cidade.
De acordo com o presidente da escola, Maurício Nunes, a escolha do tema para samba-enredo se deu por conta da relação direta existente entre a história da UNE e do Brasil. “Isso basta para a realização de um grande trabalho. O público em geral tem aceitado bem o samba enredo”, comentou.
“O samba-enredo conseguiu traduzir a combatividade e a luta da UNE e dos estudantes brasileiros nos últimos 75 anos. É uma homenagem à juventude e à história do Brasil. A UNE sempre esteve na vanguarda das lutas e conquistas do nosso país e agora todos poderão ver um pouco dessa trajetória através do carnaval da sempre campeã Imperatriz Dona Leopoldina”, comemorou a diretora da UNE no RS, Ana Lúcia.

Surgimento da Imperatriz Leopoldina

A escola tem sua história e fundação, em 5 de janeiro de 1981, muito ligada aos movimentos sociais. Nessa época, a comunidade que formaria a Cohab Leopoldina lutava por moradia e passou a ocupar os prédios abandonados da antiga COHAB de Porto Alegre, localizada na maior área populacional da cidade, vizinha dos limites com Alvorada, próxima cidades limites de Viamão e Cachoeirinha.
Do surgimento dessa comunidade nasceu o eixo da paixão que envolve os componentes da escola Imperatriz Leopoldiona. Uma característica marcante da comunidade é a sua grande população jovem e a enorme identificação com as lutas históricas da UNE. “A escola tradicionalmente conta com muitos jovens nas suas fileiras, no próximo ano vai ser invadida por estudantes que ajudarão a cantar essa história”, comenta Ana Lúcia.

UNE na avenida

O organograma do desfile já está definido, e a história das lutas da UNE e dos principais acontecimentos culturais e de mobilização dos estudantes a cada década, serão representadas em cinco alas diferentes do desfile.
A escola conta com a experiência do carnavalesco Chico Passos, campeão do Carnaval de 2010 com um enredo em homenageando Beth Carvalho, para desenhar e montar os protótipos das fantasias e da Comissão de Frente.
E a escola também está providenciando uma grande festa de lançamento do carnaval 2012. O objetivo é conquistar o bi campeonato.

“Nós esperamos mobilizar os estudantes e a juventude em geral com esta homenagem, em todas as alas e setores da escola, disponibilizaremos espaços para a participação de todos”, finaliza Maurício.

Coragem é a vanguarda juvenil
Em tempos de mexer balangandans
Buscavam esperança pro Brasil
Na fé vão quebrando barreiras
A “PAZ” era a sua bandeira
Rebelde sim, de coração
O que é nosso ninguém tira vale ouro
A legalidade, a liberdade de expressão

Do Mané pro Pelé a galera gritou… é gol
Um estilo dançante tão lindo surgiu
Dos anos dourados a lembrança ficou
A força da união estudantil

Tormenta, repressão, tirania, o povo não agüenta
Do lado mais fraco a corda arrebenta
Um clamor pelas ruas se fez ecoar
Caminhando, cantando seguindo a canção
Somos todos iguais, armados ou não
Quero seguir… é proibido proibir
De cara pintada meu anseio é maior
E mostro a cara pro futuro ser melhor
O tempo não pára, o sol vai nascer
Sou um guerreiro LEOPOLDINA até morrer

Minha coroa faz você tremer
Meu pavilhão é que me faz chorar
O samba, que hoje “UNE” todos nós
Comunidade Imperatriz é nossa voz

Presidente: Maurício Nunes dos Santos
Vice: André Santos
Diretor de Carnaval: João Moojen
Carnavalesco: Chico Passos
Autores: Andy Lee, Mingau e Emerson Dias
Intérpretes: Emerson Dias e Cesinha

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Feira do Livro acontece com praça ainda inacabada

De 28 de outubro até 15 de novembro, o centro de Porto Alegre será tomado pelos apaixonados pela leitura. Vai começar a 57ª edição da feira do livro de Porto Alegre, a maior feira a céu aberto da América latina, motivo de muito orgulho dos portoalegreses, não só pela feira em si, mas pelo cultivo ao hábito da leitura.


Foto: Cristiano Estrela / Correio do Povo
Feira do livro acontece com praça ainda inacabada

O evento tem a expectativa de receber cerca de 1,7 milhão de visitantes. Estão previstos cerca de 800 sessões de autógrafos, em torno de 200 palestras e debates, 400 encontros com autores, além de outras atividades destinadas aos públicos infantil e juvenil e para alunos da EJA. Este ano a feira ainda tem uma patrona, a escritora Jane Tutikian, a quarta mulher na história das feiras.

O aspecto negativo é que a Praça da Alfândega, local tradicional da feira, está em obras desde junho de 2009 e foi liberada ainda inacabada. O cronograma das obras atrasou e quando os tapumes foram retirados, em 5 de outubro, a população constatou, frustrada, que ainda falta muito para ela ser restaurada. Considerando que o principal objetivo era o de ampliar as vias internas, além de recuperar a vegetação e melhorar a iluminação, é lamentável constatar que esse patrimônio histórico de Porto Alegre tenha sofrido tamanho desleixo por porte da Prefeitura.

Por Cristina Ely e Emanuel Mattos